Uma palavra doce e leve para o seu final de semana
Por Sara Reis
Por Sara Reis
Mal acordo e já vem ele me encher a paciência, me lembrando que tenho que levantar. Estou tomando café e ele insiste que tenho que sair logo. Me arrumo para ir à igreja e lá vem ele de novo: “você ainda está aí?”, estudo e ele me lembra “você não pode perder tempo”. Faço um trabalho e o chato “Ué, você ainda não terminou?”. Esse é um sujeito que não dá certo comigo, convive comigo há tanto tempo, mas nós não nos demos muito bem. Tic-tac, tic-tac, quando estou sozinha, só ele que conversa, tic-tac...é o relógio, sempre me lembrando que o tempo não pára.
De repente me lembro da aula de antropologia em que o professor dizia que para ficarmos para trás, bastava ficar parado, afinal o tempo continua passando e as pessoas ao nosso redor continuam caminhando, quando vamos olhar, todos já estão lá na frente.
De diversas maneiras, sempre me preocupei com o tempo, inclusive houve uma época que eu só queria recortar relógios para fazer montagens de figuras, nem eu sabia por quê.
O tempo passa muito rápido...sabemos disso, mas ele não é o nosso inimigo, é a linha que Ele deu para costurarmos os retalhos da nossa existência. Experiências, amizades, dores, alegrias: tudo é retalho costurado pela linha do tempo.
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